2009-01-18

Soluções Pacíficas ... Estão em Contradição Com os Princípios da Resistência Islâmica

“Israel will exist and will continue to exist until Islam will obliterate it, just as it obliterated others before it.”

“Initiatives, and so-called peaceful solutions and international conferences, are in contradiction to the principles of the Islamic Resistance Movement. Abusing any part of Palestine is abuse directed against part of religion. Nationalism of the Islamic Resistance Movement is part of its religion.”

Tirado da carta fundadora do Hamas

30 mil mortos

No próximo dia 15 de Fevereiro terão passado 64 anos sobre o fim do bombardeamento da cidade de Dresden, pelas forças aliadas. Menos de 3 meses depois a Alemanha render-se-ia incondicionalmente.  

Dresden não teria, na altura, mais de meio milhão de habitantes e foram mortas 30000 pessoas, quase todas civis, em apenas 3 dias de bombardeamento. O fogo consumiu grande parte da cidade.  Na altura ninguém pediu corredores humanitários.

(na foto: monte de corpos para serem queimados, ver direitos de autor a partir de http://en.wikipedia.org/wiki/Bombing_of_Dresden_in_World_War_II )

2009-01-10

A solução de 2 estados

Nestas alturas há sempre alguém que defende  a solução "dois estados" para uma possível resolução do conflito entre Israel e os seus vizinhos.

Por mim acho até uma boa ideia, mas infelizmente os árabes nunca irão aceitar tal situação.

Aliás a solucção, aliás, nem é muito diferente da solucção proposta pela ONU em 1947. Qual foi a resposta dos estados Árabes? Invadiram Israel e não foi de contentes. 


Aliás a solucção apresentada não difere muito da situação no terreno em 1967. E o que fez o Egipto nessa altura? Desfrutou a paz? Não, criou umas forças militares 3 vezes maiores que as de Israel (cujos soldados eram principalmente reservistas), nomeadamente no número de tanques e aviões - os últimos modelos que a URSS produzia na altura. Fechou a Israel o acesso ao Índico e Pacífico (ao contrário do que tinha prometido à comunidade internacional) e declarou publicamente que ia atirar todos os judeus ao mar.

Uma resposta  desproporçionada, diria eu. 

Compreendo que os Árabes sejam todos a fazer do regresso às fronteiras de 1967. Gritariam vitória e iriam começar a enviar misseis dos seus novos territórios -foi o que aconteceu em Gaza,  em 2005.


Nasser, backed by Arab states, kicks Israel into the Gulf of Aqaba. Pre-1967 War cartoon. Al-Jarida newspaper, Lebanon. (alguém quer comentar os estereotipos?)

A quarta guerra mundial (1)

Quarta? Mas que aconteceu à terceira?

A terceira guerra mundial foi travada entre os Estados Unidos da América (EUA ak USA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS aka USSR aka CCCP). Iniciou-se em 1945 com o bombardeamento de Hiroshima e acabou com o concerto "The Wall - Live in Berlin" em 1990 (foi bonita a festa pá).

A 4a guerra mundial, é uma luta emaranhada numa teia de interesses, rivalidades, alianças muito mais complicada que as teias que se envolveram nas guerras anteriores.

Tal como a primeira e segundas guerras foram centradas na Alemanha, e a terceira foi centrada no eixo Washington-Moscovo, a quarta será centrado no islamismo e no controlo dos recursos petrolíferos. Guerra de Civilizações? Um pouco, mas eu diria antes choque de religiões (inc. os que não acreditam em nenhuma). Ou se quiserem mesmo simplificar será uma guerra do islão contra todos os outros.

É claro que esta aparente simplificação, não é mais do que isso, uma simplificação.

Na verdade esta será a guerra, entre o capitalismo e o mediavalismo, entre a seculismo e a religião, entre o ateismo e a fé, entre o racional e o irracional, entre os cristãos os mussulmanos, entre os judeus e os mussulmanos, entre a liberdade e a tirania, entre o tratar as mulheres como qualquer outra pessoa ou não, entre respeitar a esfera privada contra uma moral que se introduz no que se passa em casa de cada um. Será a guerra entre entre Israel e os países em volta. Será a guerra da educação contra a natalidade elevada. Entre os consumidores de petróleo e os produtores. Entre a Índia e o Paquistão. Entre o Japão e a Coreia do Sul, contra a Coreia do Norte. Entre as armas inteligentes e as kalasnikovs e rockets. Entre as forças aéreas e as forças terrestres. Entre Internet e a televisão. Entre o Obama e o Bush. Entre o bikini e a burba. Entre o globalismo e o isolamento. Entro o hedonismo e o asceticismo. Entre os velhos e os novos. Entre a compreensão e o medo. Entre os serviços sociais e a família. Entre o planeamento e o "deus dará". Entre os cargueiros e os piratas. Entre os ricos e os pobres, a cidade e o campo. O clima frio e o clima quente. Entre a pele mais branca e a pele mais escura. Entre os fumadores de marijuana e os fumadores de tabaco. Entre os que amam a vida e os que amam a morte. A guerra das Américas e Europa contra o Médio Oriente, do Norte contra o Sul. Os jardins contra os espaços superlotados. Os supermercados contra a feira. O prazer contra a procriação. Os gordos contra os magros.

É a guerra pela liberdade de expressão, pelo não uso de crianças em acção militares, contra o uso de escudos humanos, contra o uso de punições cruéis e desumanas. É uma luta pela democracia. É a luta pelo fim dos mártires e santos. Pelo avanço científico e cultural. Pela tecnologia.

Penso que a China (ou as Chinas ?) será o único país importante que se vai conservar relativamente neutro, com uma luta contra os mussulmanos junto às fronteiras, mas relativamente calmo em todas as outras frentes. Mas a China pode mudar muito entretanto. Tawain deverá alinhar com os Estados Unidos.

A África também vai ficar um pouco fora destas coisas, se bem que se espere muitos combates na zona de contacto com o islamismo.

É claro que nesta guerra junta "companheiros" muito pouco confortáveis entre si. Junta os católicos com os não crentes, junta os pentecostais com a liberdade da esfera privada, junta alguns sacerdotes com o controlo de natalidade, a América do Norte junta à América do Sul, os judeismo com a racionalidade, enfim as combinações são muitas.

Também não espere que a Noruega alinhe com a Irão. Nem que todos os gordos sejam pelos EUA.

É mesmo possível que, por exemplo, os católicos passem a uma posição neutra. É possível que a Rússia se continue a colocar ao lado do Irão (do que se vai arrepender).

Do lado mussulmano também pode haver brechas. As monarquias ricas do médio oriente podem alinhar por Washington (como alinham actualmente), os shiitas podem criar um cisma contra os sunitas.