2014-11-30

sobre o ISIS - Parte 2 (futuro)

Qual o futuro do ISIS. Vejamos capítulo a capítulo.

Financiamento

O saque tem-se revelado uma actividade muito lucrativa, mas a sua repetição dará cada vez menos. Os resgates de prisioneiros também é uma actividade que vai diminuir à medida que o número de possíveis cativos lucrativos, dispostos a viajar para a região, for diminuindo.

O lucro com a venda de petróleo, principalmente através da Turquia, só pode diminuir. Para já o petróleo está barato, mas mesmo que aumente, os poços de petróleo são alvos fáceis par ataques aéreos. Não serão todos de um dia para o outro, mas é sempre muito  mais fácil de destruir, do que por de novo em funcionamento, para quem disponha de superioridade aérea indisputada. No caso do ISIS conseguir pôr a funcionar refinarias ou portos esses tornar-se-ão alvos bem mais fáceis que os poços.

Também o fluxo de dinheiro recebido dos estados xiitas prósperos da área (à frente a Arábia Saudita) tenderá a ser fortemente limitado. É um facto que religiosamente a ISIS é muito próxima das petro-monarquias. No entanto o facto de terem proclamado "o califado" faz arrepios na espinha dos monarcas da região, desafiando abertamente a sua legitimidade como chefes de estado. Como resultado irão reagir de modo a estancar esse fluxo. E não têm a reputação de ser meigos.

Em breve o ISIS vai precisar de alimentos, munições, manutenção, veículos e comida. Não estou a ver onde os vai obter e como vai pagar.

Recrutamento

O ISIS tem recrutado entre os xiitas no Norte do Iraque, de entre os convertidos à força, de entre fiéis a Saddam Hussein e entre comunidades muçulmanas por todo o mundo. Todas estas fontes estão próximas  já do seu limite (o recrutamento internacional é pequeno, apesar de grande cobertura mediática).

Muitos do combatentes do ISIS aliás só se mantêm na força porque receiam todo o tipo de represálias. Por isso o ISIS coloca os voluntários internacionais nos vídeos mais sangrentos, A mensagem é óbvia: se regressarem serão acusados de crimes contra a humanidade.

(Um programa que permitisse o regresso, com acusações mitigadas, em troco de colaboração,  informação, infiltração e propaganda seria uma boa ideia).

Território

O estudo da História é uma coisa útil. Em 1967 o Egipto preparava-se para atacar Israel, tendo junto forças armadas numa superioridade de 1 para 3. E tinha atrás de si o potencial militar e económico do bloco de leste.

No entanto, num ataque aéreo de surpresa, Israel destruiu a força aérea egípcia. A partir daí os aviões puderam destruir de modo metódico o exército árabe que incluía um elevado número de tanques. A guerra durou apenas 6 dias. Esse é o modelo contra o qual o ISIS se defronta, numa geografia semelhante (e muito diferente da geografia do Vietname onde a selva e o clima tornaram a aviação menos efectiva).

Todo indica que a coligação que se opõe ao ISIS vai manter a calma. Pode permitir-se ao luxo de deixar alguns ganhos territoriais, apoiando com ataques e abastecimentos aéreos todas as forças anti-ISIS na região.

Até onde pode ir o ISIS? Será talvez parado pelas forças curdas a N/NE. Mas mesmo que não o seja será parado pela Turquia. Para já a Turquia lucra com o conflito, ganha com o transito de petróleo do ISIS e enfraquece os curdos. Mas tudo mudará se sentir ameaça directa.

Mais a W poderá controlar a Síria, mas o controlo total da Síria é improvável, não impossível, mas improvável. Há por lá os xiitas também cabeça dura e com a ajuda da aviação, serão um factor bastante desgastante do ISIS.

O Líbano é um alvo possível mas não particularmente valioso.

A Jordânia quando esteve quase a ser anexada pela Síria em 1970 e escapou quando o rei pediu "auxílio proveniente de qualquer quadrante". Israel enviou os seus aviões a a Jordânia sobreviveu. Tudo indica que algo de semelhante se possa vir a passar, se o ISIS se deslocar para esse lado. Israel também dispõe das fotos remotas obtidas pelos americanos.

A autoridade palestiniana é também um alvo possível do ISIS, mas os recursos ganhos serão muito magros e a reputação muito manchada.

As forças do ISIS podem chegar à fronteira com a Arábia Saudita. Mas a Arábia Saudita tem umas forças armadas, incluindo aviação, bem preparadas e equipadas. E o apoio incondicional dos americanos.

A sul o ISIS faz frente com o Iraque xiita. Sobre a linha de Badgad - onde as seitas têm a sua linha de separação - os combates podem ser ferozes e incertos, mas é improvável que o ISIS faça um avanço significativo sobre o coração xiita do Iraque mais a sul.

A Este fica o Irão. Não é verosímil que o Irão ceda um metro de terreno aos seus arqui-inimigos. Muito mais fraco estava o Irão nos anos 80 e não cedeu.

Ao jeito de conclusão

De momento o ISIS vai manter o território que ocupa, usando as populações como escudo e cometendo ao mesmo tempo as barbaridades a que nos tem habituado. Não é bonito, mas também não vejo o que se possa fazer. As vítimas poderão resistir usando lasers para marcar alvos, o que será uma boa ajuda, mas não podem fazer muito mais, e mesmo isso será a um custo pessoal elevado.

O ISIS pode escavar túneis para escapar aos bombardeamentos, mas o que é que vão lá pôr? Para quê? Podem esconder tropas, mas as tropas nos subterrâneos têm pouco impacto militar.

Podem incendiar poços de petróleo, que não há muito mais coisa para arder, mas os efeitos serão limitados e com isso vão destruir uma possível fonte de rendimento (nada bom para o ambiente concedo).

O ISIS pode desencadear ataques suicidas muito sangrentos em qualquer ponto da região, usando muçulmanos xiitas infiltrados. Pode mesmo fazer atentados nos Estados Unidos, na Europa, no Canadá, se bem que nesse caso o mais provável é que esses ataques venham de pequenos grupos obscurantistas cuja inspiração tanto pode vir do ISIS com da Al-Qaeda, como de qualquer outra força que lhes pareça apropriada.

O Oriente terá de aprender a viver com essa ameaça. Vais ser muito sangrento, mas sem real valor militar. Lambam as feridas e habituem-se. Isto inclui, à escala mais reduzida, Israel.

O Ocidente terá de aprender a viver com essa ameaça, que permanecerá muito para além do ISIS, É uma ameaça estatisticamente pouco significativa, mas o pânico pode ser gerado. Evitem aglomerações e habituem-se.

Também há o perigo da América ser levada a enviar tropas para o terreno. Não estou a ver como pode ter necessidade disso, mas a pressão da opinião pública pode causar essa tentação. Será um erro. As mesmas opiniões públicas serão as primeiras a gritar quando começarem a ver os corpos a voltar em sacos, mesmo que num número não significativo.

Mas à medida que o tempo passar o ISIS será casa vez mais desgastado. Não tem o tempo do seu lado.

Os muçulmanos no ocidente serão obrigados a tomar posição, mesmo que seja não tomarem posição nenhuma, o que será didáctico.

E, claro, uma gestão de inteligente da situação pela administração Obama pode dar aos democratas as eleições em 2016, altura pela qual o ISIS terá passado os seus melhores tempos. Um desenvolvimento muito positivo. Não é certo mas podemos ter uma certa esperança.

sobre o ISIS - Parte 1 (presente)

Algures para os lados dos rios Tigre e Eufrates, numa zona que tecnicamente é parte da Síria e do Iraque, um abominável bando de inspiração religiosa está a executar uma  cruel limpeza étnica e religiosa, mesmo pelos parâmetros  de região onde a convivência nunca foi uma coisa fácil.

Mas grupos semelhantes noutras zonas do globo, mas a uma pequena escala.

É um episódio da quarta guerra mundial, travada entre o Islão e os Estados Unidos da América (se bem que multifacetada) assunto que merece alguma análise, mas não é exactamente sobre isso que vou escrever de momento.

Não faltam teorias conspiratórias que atribuem o ISIS (sigla que vou usar para designar o que também é referido por "estado islâmico", "estado islâmico do Iraque e da Síria", "estado islâmico do Iraque e do Levante") a uma criação dos EUA ou de Israel.

Como a maioria das teorias conspiratórias não tem pés nem cabeça, mas os seus defensores têm alguns pontos em que estão certos.

Na realidade o ISIS está claramente a fazer um favor aos EEUU, supondo que os americanos não fazem algum enorme disparate (o que não é impossível, mas é pouco provável).

Nota-se que o surgimento do ISIS foi algo que quase ninguém esperava e que o seu sucesso inicial foi uma prova da fraqueza e falta de preparação dos poderes na região.

Nada de novo aqui. Os movimentos fanáticos religiosos têm essa particularidade de surgirem praticamente do nada, sem quase ninguém prever, e obterem ganhos militares inimagináveis.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com os talibãs, de que ninguém tinha ouvido falar até 1994 e em 1996 tomaram Cabul. E o que aconteceu quando surgiu Joana d'Arc, numa altura em que qualquer observador informado vaticinava o fim da França (a ser integrada na Inglaterra, tal como a Holanda e a Bélgica), surgiu sabe-se lá de onde, tem supostamente visões divinas, e em 2 ou 3 anos muda de forma inesperada o curso da História. E quando um grupo de pastores nómadas, possivelmente polvilhado de Judeus, avançou do deserto da Península Arábica para dominar uma larga fatia do que tinha sido o mundo antigo. Um fenómeno tipicamente medieval portanto.

Bem mas porque é que eu digo que o ISIS está a facilitar a vida aos americanos?

Em primeiro lugar por uma questão ideológica. Muitas forças de base laica e anti-americana terão dificuldade em defender as barbaridades feitas pelo ISIS, o que vai dificultar a sua visão da História.

Em segundo lugar por motivos religioso. Não tenho dúvida que a maioria dos que professam a fé islâmica e vivem fora do médio oriente, juntamente com a maioria dos sunitas que vivem no médio oriente têm admiração pelo ISIS. Afinal até parece que os Islão está a ganhar o que num registo muito simples joga bem com as previsões do Corão para o fim dos tempos.

Alguns teóricos do Corão bem vão vir a terreno argumentar que é uma interpretação demasiado literal do texto, mas terão dificuldade em explicar como é que chegaram a essa conclusão. Afinal muitas das ideias e actos do ISIS estão bem de acordo com o que vem escrito de modo muito claro e dificilmente aberto a interpretações. E se começamos a interpretar o texto ao sabor das opiniões e ocasiões onde vamos parar? De qualquer maneira o ponto é que os crentes de base estão a gostar do ISIS.

Na realidade o ISIS é um tigre de papel. O seu domínio tem base territorial na zona predominantemente sunita, vagamente  do norte do Iraque e de parte da Síria  (excluindo a zona mais montanhosa e/ou a NE e ponta S do Iraque onde também existem sunitas, mas os sunitas errados). Note-se que esta zona é fundamentalmente desértica e pouco habitada.

A sua base de recrutamento tem sido as populações sunitas, nessas zonas e arredores, o que inclui muitos antigos militares do regime de Saddam Hussein e muitos dos que tinham prestado juramento a Osama bin Laden, mas vêm agora uma melhor oportunidade. Junte-se muitos sunitas iraquianos que se ressentem de terem perdido a posição de privilégio que tinham antes do americanos terem invadido o país. e que goram perderem para os tangencialmente maioritários xiitas. E alguns sauditas. Sim muito medieval.

O seu principal financiamento tem sido, bem em primeiro lugar o saque, nomeadamente da populações, das instituições, o o que apanharam  das tropas que desertaram do Iraque. Fonte importante de financiamento é a venda de petróleo no mercado negro. Mas suspeito que a principal financiamento vem de cidadãos prósperos das prósperas monarquias do Golfo que dão dinheiro para as caridades para o fim de obterem um lugar no paraíso, com as respectivas mordomias.

O dinheiro das caridades segue um caminho quem nem consigo perceber, grande parte acabará certamente nas madrassas religiosas onde servirá para fazer a lavagem ao cérebro aos jovens. Mas a maior parte será muito provavelmente para comprar armas e alimentar as acções bélicas.

2014-11-14

Leiam os meus lábios: É a fixação!

Em resposta a várias interpelações e para não ter de estar a re-escrever mais ou menos a mesma coisa, dou aqui a resposta.

Primeiro tenho de exprimir o óbvio, que não fico nada satisfeito quando sondas europeias, americanas, russas, chinesas, indianas ou outras falham. E sendo a possibilidade de experiências no espaço pequena, mesmo os piores falhanços têm lições e dão muito material de estudo.

Dito isto não fico muito satisfeito quando as necessidades das relações públicas esmagam completamente a produção de informação actualizada e correcta.

Já me bastou quando a URSS enviava sondas (chamavam-se  todas "Cosmos") , não indicavam o objectivo, falhavam completamente a trajectória e o controlo logo à partida. Depois anunciavam que o objectivo era - e sempre tinha sido -  "estudar o espaço interplanetário" e declaravam a missão um sucesso.

Enquanto estou a escrever isto a situação revele-se pior que o que eu tinha antes pensado, mas sejamos irracionalmente optimistas e tenhamos esperança que algumas manobras correctivas possam vir a ter êxito, mesmo que parcial. 

Mas vamos aos detalhes.

A pequena sonda continha a promessa de dar contribuições muito importantes para dois assuntos de extrema importância em ciência, nomeadamente para a compreensão do "ciclo hidrológico"  a nível do sistema solar e da compreensão de como e onde as (primeiras?) moléculas orgânicas se formaram ou se podem ter formado.

No caso do estudo da água era ponto crítico a medição das razões isotópicas que são, como dizer, a "certidão de vida narrativa completa" das substâncias quando em quantidade suficientemente grande para se poder usar estatística (provavelmente uma grama dividida por um milhão é suficiente, se bem que há muitos parâmetros a tomar em conta).

No caso das substâncias orgânicas era importante determinar, bem em primeiro lugar se existiam, e depois quais seriam. As razões isotópicas também têm importância se bem que o caso é mais complicado, bem a vida é uma química muito complicada.

Vamos ao filme.

Quando eu comecei a seguir a manobra de aterragem em directo, faltariam aí uns 15 minutos o início da janela de incerteza em torno da hora de pouso. Adoro ver acontecimentos históricos em directo do conforto do sofá. Isso já vem do tempo da missão apollo na década de 60. (Claro que refiro-me ao tempo "visto da Terra", as escalas de tempo são escorregadias como o caraças). Os meus twets da altura ainda devem poder ser vistos no lado direito deste blog, todos os meus tweets são aqui registados para dar alguma vida ao blog.

Quando fui actualizar nas notícias mais recentes fiquei imediatamente muito preocupado. No lado bom a sonda pequena tinha-se separado correctamente da portadora, MAS havia a informação que os foguetões a bordo da sonda pequena pequena não estavam a funcionar. Ainda agora não sei como eles tinham concluído isso, mas o facto não parecia merecer muita dúvida nem muita atenção.

No entanto deveria ter merecido muita atenção. Era óbvio que essa tornava muito problemática a fixação da sonda ao cometa extremamente problemática. É que a questão não é só acertar com o cometa. A principal dificuldade é fixar de modo sólido a sonda ao cometa. Isso é feito facilmente em corpos celestes maiores porque a gravidade prende as sondas ao chão, mas a gravidade no cometa é ridiculamente pequena (teoricamente a gravidade até ser "negativa" neste tipo de corpos devido ao formato pouco redondo e à velocidade de roatação em torno de um eixo próprio, mas não creio que seja o caso, e aliás se tal acontecer algures no espaço deve ser um caso raro).

Esse tipo de fixação estava previsto mas as foguetões infelizmente avariados eram uma parte crucial do processo. E sem uma boa amarração as experiências críticas não poderiam ser realizadas. Isso era sabido antes do contacto, mas ainda agora isso não é dito de modo muito claro.

Repito: ainda antes do poiso se sabia que as experiências cruciais dificilmente seriam realizadas e ainda agora parece que o facto não é bem esclarecido.

Quando pessoal começou a saltar de contente pela aterragem eu comecei a procurar informação sobre a fixação. Nada. Depois lá disseram qualquer coisa mas o que disseram foi mentira, ou pelo menos a verdade muito muito processada. Não referenciavam quando estavam a falar sobre o que se tinha passado e sobre o que era suposto ter-se passado. E claro, estavam a dar a informação com um atraso que não era compatível com o que deveria ter acontecido com um bom contacto. Falhado o processo da primeira vez ficaria extremamente admirado se conseguissem à segunda ou à terceira.

Aliás tenho a notícia da reuters que garantia que a sonda estava "seguramente ancorada". Não estava, não está e salvo um milagre nunca estará. As principais experiências nunca poderão ser feitas.

Mesmo as experiências de sondagem eléctrica "vertical", uma parte importante, não podem dar resultados interessantes se os contactos não estiverem em firme contacto com o solo (trivia: eu fiz muita sondagem eléctrica vertical). Tal como não podem ser obtidas amostras interessantes sem perfuração (a superfície é alterada e desinfectada pela radiação e vento solar) e a perfuração é impossível sem fixação (conservação dos momentos mecânicos).

E tiveram azar. A sonda depois de, pelo menos, 2 saltos, foi parar a um buraco escuro onde é difícil apanhar a luz do sol necessário para recarregar as baterias e caiu quase de pernas para o ar. 

Aliás suspeito que se está a tentar branquear a questão ao dizer que o azar foi cair à sombra de um penhasco. Isso foi um azar, mas o principal problema é que não está fixado à superfície e provavelmente está num buraco porque a fixação não funcionou quando caiu a primeira vez numa zona mais favorável e foi parar ao buraco.

Foi um fracasso completo? Bem, não foi, eu daria um 20 num escala de 0 a 100. Talvez escreva mais sobre o assunto mas só depois da senhora gorda ter cantado. Agora tenho de ir tomar banho para apanhar a minha boleia para o super-mercado.



2014-09-30

Sítios

A última vez que andei por aqui foi em 2000, quando de uma estada em Macau, atravessava a foz do Rio das Pérolas, no hovercraft, para aqui nos fins de semana:

Agora voltou a estar nas notícias

Ver a foto aqui: http://goo.gl/QVVxG2  GPS:(22.27960, 114.16602)

à esquerda da passagem superior o Centro Comercial do Almirantado (por cima as Torres do Almirantado) e à direita os novíssimos escritórios do governo central.

2014-09-08

Sítios

Durante um ano, circa 1986,  vivi nos EEUU, enquanto era investigador convidado da Universidade de Califórnia em Berkeley.

A casa, que compartilhei com 2 colegas (mais ou menos) ainda lá está, em, mas entretanto construíram uma outra mesmo em cima, no que era o uma parte do nosso jardim, reino dos racoons (Ursus lotor, Linnaeus, 1758). Voltei lá em 2004 e ainda encontrei um antigo residente.

A zona ficou muito mais povoada nos últimos 25 anos, o que a tornou muito menos encantadora. Já em 2004 era assim.

Ver a casa em: http://goo.gl/yrQK2G  (37.89011, -122.25944)

Use o rato para navegar o local,

Entretanto a parte de baixo da Avenida Euclides, onde eu costumava almoçar e fazer as compras do dia, continua com o mesmo aspecto. As lojas mudaram quase todas de nome, de tipo de comida, de ramo, e provavelmente de dono, mas o aspecto geral continua exactamente na mesma.

No link: http://goo.gl/PESmLR (37.87525, -122.26017)

pode ver-se essa parte, mesmo à direita está o enorme bar onde íamos, todas as sextas e por tradição, comer uns peticos e beber cerveja,

Do lado direito está uma entrada secundária da Universidade, o meu edifício era juntinho a essa entrada.

Já na altura era completamente impossível estacionar na zona pelo que ia e vinha habitualmente a pé da residência. Era 1/2 hora em cada sentido, o meu exercício diário - 5 km.

ver o caminho aqui: http://goo.gl/n8MMLS , com alguns dos seus variantes.

Um dos hábitos era ir em grupo fazer as compras semanais ao supermercado. Ir em grupo diminuía o número de carro e permitia a algum visitante sem carro abastecer-se.

O nosso supermercado putativo era o "safe way". Deixamos o carro no parque de estacionamento desse supermercado e fazíamos um raide pelas lojas da área. Em Portugal ainda não estava divulgado o hábito das compras semanais ao hipermercado, o Continente de Alfragide tinha acabado de abrir.

O supermercado ainda existe e pouco mudou, tal como as lojas na área.

ver em: http://goo.gl/2NGkDu   (37.88110, -122.26961)

Berkeley era um mundo cheio de referências culturais e históricas. Ainda irei voltar nestas páginas à baía, mas para já deixo apenas uma foto de uns dos locais onde viveu Philip K. Dick, na rua Francisco.

casa do Dick-> http://goo.gl/2ugUig  ( 37.87276, -122.29193 )


2014-09-07

Sítios

As cataratas do Niagara, quem não ouviu falar?

No entanto não muitos saberão que em 1885 foi construído perto uma central hidroeléctrica aproveitando a energia potencial da água na parte superior das cataratas.

Com geradores Westinghouse baseados nas ideias então revolucionárias de Tesla, foi dado o primeiro  e fundamental passo na direcção da electricidade ao domicílio.

Na foto aparece o que resta do canal de admissão de água para a central, cerca de 1 km à montante das cataratas propriamente ditas.

(canal de admissão: http://goo.gl/SmlCpi )   (43.07947, -79.04602)

A central propriamente dita ainda existe (museu) mas não é visível da estrada devido às árvores. do outro lado da estrada (usar o rato para rodar a imagem).

Estive aqui pelo última vez em 2006, e ainda pude levar o carro mesmo até ai acesso, o que actualmente não é permitido.

(ver tabuleta a interditar o acesso aqui: http://goo.gl/YqJc4Y  )

Sítios

A primeira imagem de que me recordo foi aqui. Morava periodicamente em casa da minha avó nesta "vivenda" que na altura tinha um quintal até à falésia, e a falésia surgia na minha imaginação como um local místico e intransponível.

A vivenda ainda lá está, um pouco degradada e cercada de muitos prédios maiores que não existiam. Mas está lá. Apesar de esta imagem - de momento - ser de 2009 ainda há alguns dias passei nessa rua.

(Ver aqui: http://goo.gl/HJtrkk )   (38.65237, -9.23348)

Sítios

A Internet dá-nos a possibilidade de rever sítios longínquos sem ter de fazer viagens. Não há nada como estar mesmo nos sítios, mas entre tanta coisa que há para ver não é muito significativo voltar a locais que já se conhece bem.

Nos anos de 1979 a 1982 passava todos os anos 1 ou 2 meses no "Quarteirão Latino" em Paris. Afinal o Maio de 68 tinha sido apenas à pouco mais de 10 anos.

O Hotel ainda lá está, o "Grande Hotel Oriental" no n. 2 da rua de Arras. Acaba sempre por ocupar um pequeno, mas muito pequeno quarto, com uma janela muito pequena no segundo andar. Mesmo que o quarto não estivesse imediatamente disponível, era só esperar uns dias que vagasse.

Escolhia sempre esse quarto porque era muito barato. A década de 80 não foi uma década fácil, era difícil comprar coisas no estrangeiro, com muita limitação ao dinheiro que se podia transferir. Portanto era um luxo gastar divisas  que iam todas para objectos essências como electrónica fotografia e livros. Como eram caros os rolos fotográficos e como era grande a tentação de os gastar numa cidade como Paris.

 ( ver a janela aqui:  http://goo.gl/haO7of  )  (48.84752, 2.35176)

Também está na mesma, até a papelaria onde todas a tardes, já a horas avançadas e depois de sair do laboratório comprava o "O Mundo" do dia seguinte. Depois ia ler o jornal para o quarto, não havia Internet (em 1982 já existia o Minitel, mas só na Universidade).

( ver a papelaria aqui:  http://goo.gl/u6w4Hx  )  (48.84763, 2.35216)

A menos de 200 metros continua a Faculdade de Ciências de Paris.

(ver Jussieu aqui:  http://goo.gl/08Gp2N  ) (48.84726, 2.35343)

Voltei lá várias vezes, a última vez cerca lá pelo fim dos anos 90, mas pelo que posso ver está tudo muito na mesma, bem há umas construções novas em Jussieu e foi removido o amianto.

In Memoriam

Morreu a minha primeira colega de trabalho, já à algum tempo, mas só agora soube. O meu primeiro emprego depois de licenciado foi como assistente no (Instituto Superior) Técnico. 

Eu e a M. João éramos os 2 assistentes da cadeira de "História da Ciência". Eu queria fazer algo mais "real", com mais equações e com muitos computadores, o que ao fim e ao cabo foi o que vim a fazer, mas o Técnico foi o primeiro emprego que me apareceu. Ela estava  a fazer aquilo que queria.


Fiquei apenas alguns meses (até arranjar outro emprego).  Ela continuou a dar aulas no Técnico até ao fim da carreira e entretanto doutorou-se em filosofia pela U. Nova. Morreu aos 69 anos, depois de se ter reformada com quase 67. Life is a bitch.

2014-03-11

A tua liberdade online está a ser ameaçada por uma proposta da UE. Votação já a 18 de Março. (2/2)

A tua liberdade on-line está a ser ameaçada por uma proposta da UE. Votação já a 18 de Março. (2/2)

( Este post dever ser sido depois da primeira parte que está aqui )

Aqui está a minha sugestão de texto para ser enviada por email ou fax. É uma combinação de conteúdos existentes em http://savetheinternet.eu e traduzidos por mim. Esteja à vontade para alterar/adaptar/reescrever o texto de acordo com a sua própria avaliação.

E não se acanhe de me enviar sugestões. Comente este artigo.

O texto foi escrito ao abrigo do acordo ortográfico suportado pelo meu corrector ortográfico.

Aqui vai o texto: (os endereços estão na primeira parte).

Ex.Sr./Sra (nome do deputado)

Em 18 de Março, vai ser votada, na comissão ITRE, uma proposta de regulamento para um "mercado único europeu das comunicações".  Existem ainda lacunas perigosas nos textos de compromisso.

Tendo a votação ter sido adiada, em Fevereiro, a decisão do Comité será ainda mais observada pelo publico. Tem V. Exa. agora a oportunidade de ter um impacto duradouro sobre a Internet livre e aberta na Europa. É fundamental usar esse direito e não aceitar maus compromissos.

Os lacunas que ainda persistem no texto são:

(1) A definição de "serviço especializado" no artigo 2.15 deve abranger serviços on-line, tal como serviços de acesso. Serviços on-line, ou serviços funcionalmente idênticos, devem ser impedidos de criar versões especiais, de melhor desempenho, que destruam a competitividade.

(2) Não queremos uma Internet a várias velocidades. Toda a informação deve ser tratada igualmente. O artigo 19 deve ser retirado.

(3) A primeira frase do artigo 23.5. restringe severamente o princípio da não discriminação, uma vez que apenas abrange as actividades que estão dentro de " limites do volume de dados ou débito eventualmente acordado contratualmente". Isso permitiria aos fornecedores de acesso à Internet (ISPs) discriminar a partir de um certo volume (potencialmente muito baixo) de dados, prejudicando assim a Internet aberta e afectando milhões de utilizadores e empresas.

(4) As companhias privadas não podem fazer de juiz, júri e polícia sobre os conteúdos on-line. O artigo 23.5.a. deve ser apagado.

(5) O princípio da "neutralidade da rede", conforme definido no Considerando 45 tem que ser consagrado na legislação de forma mandatória. Os utilizadores precisam de uma garantia da neutralidade da rede, contra a discriminação de seus ISPs.

Uma pequena quantidade de lacunas que prejudiquem a Internet aberta é o mesmo que um grande número de lacunas que prejudiquem a Internet aberta. Os ISPs têm provado a sua determinação de se estabelecerem como guardiões dos serviços on-line para os seus próprios interesses de curto prazo e contra os interesses de seus clientes e da economia digital na Europa. Cabe agora a V. Exa. garantir que a concorrência, a inovação e a liberdade de expressão possam prosperar na UE.

Não há necessidade de "troca" do roaming pela neutralidade da rede, podemos ter ambos. O problema de roaming foi criado pelo uso da regra "paga quem envia" como modelo para o mercado da telefonia móvel. Rejeitar a neutralidade da rede significa criar o mesmo modelo de mercado para a Internet! Não podemos permitir que isso aconteça.

Atenciosamente,

(nome e eventualmente email e morada)

Um cidadão preocupado

E mais?

Se tiver disponibilidade telefone de seguida (ver números de telefone no meu artigo anterior - aqui) para confirmar que o texto foi recebido.



A tua liberdade online está a ser ameaçada por uma proposta da UE. Votação já a 18 de março. (1/2)

A tua liberdade on-line está a ser ameaçada por uma proposta da UE. Votação já a 18 de Março.

A Sra. Neelie Kroes, Comissária Europeia para a "Agenda Digital", prometeu proteger a neutralidade das rede de informação.

No entanto, nos últimos anos, a sua posição alterou-se de forma significativa na direcção contrária. A sua proposta de regulamento para um mercado único de telecomunicações confirma isso.

Enquanto concordamos com a intenção de ser consagrada, na lei e em toda a UE, a neutralidade da rede, a proposta referida não cumpre a promessa de neutralidade, já que contém várias lacunas problemáticas.

No entanto, o texto em si não é de deitar fora completamente. Com alguma melhorias, a UE poderia ter legislado a favor da neutralidade da rede.

A proposta está agora nas mãos do Parlamento e será analisado por várias comissões, com a comissão de Indústria, Investigação e Energia (Industry, Research and Energy - ITRE) como a principal responsável por este dossier.

As modificações introduzidas em algumas comissões têm, lamentavelmente, agravado os problemas já existentes na proposta da Comissão.

Além disso, a legislação tem um cronograma muito rígido, porque o Parlamento espera concluir as negociações antes eleições em Maio de 2014, o que fez com que a janela de consulta seja muito pequena.

O texto completo da proposta pode ser encontrado em:

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2013:0627:FIN:PT:HTML (em português)

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2013:0627:FIN:EN:HTML (em inglês)

Mais detalhes podem ser encontrados no site

http://savetheinternet.eu
(não existe versão em português, mas existe em inglês, francês e espanhol, entre outras línguas, escolha a língua no menu perto do canto superior direito)

MAS que fazer?

Eesse site ( http://savetheinternet.eu ) proporciona uma maneira prática (e gratuita) para telefonar a partir do computador, ou de enviar faxs ou mesmo emails aos membros do ITRE.

Para quem possa telefonar, mas não se queira pôr a falar inglês, sugiro que contacte os membros do parlamento que são portugueses e fazem parte do ITRE, e que listo já de seguida.

Ou então envie faxs ou emails como indico no meu post seguinte (aqui).  Sem esquecer que pode sempre fazer tudo automaticamente a partir do site indicado atrás.

Lista dos membros do parlamento que são portugueses e fazem parte do ITRE:

nomeemailgroupo
Maria Da Graça CARVALHOmariadagraca.carvalho@europarl.europa.euEPP
António Fernando CORREIA DE CAMPOSantonio.campos@europarl.europa.euSD
Marisa MATIASmarisa.matias@europarl.europa.euGUE/NGL
Inês Cristina ZUBERines.zuber@europarl.europa.euGUE/NGL


Telefones e fax em Bruxelas:

nomebxl faxbxl phone1bxl phone2
Maria Da Graça CARVALHO+322 28 49776+322 28 45776+322 28 47776
António Fernando CORREIA DE CAMPOS+322 28 49405+322 28 45405+322 28 47405
Marisa MATIAS+322 28 49669+322 28 45669+322 28 47669
Inês Cristina ZUBER+322 28 49465+322 28 45465+322 28 47465


Telefones e fax em Estrasburgo:

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Maria Da Graça CARVALHO+333 88 1 79776+333 88 1 75776+333 88 1 77776
António Fernando CORREIA DE CAMPOS+333 88 1 79405+333 88 1 75405+333 88 1 77405
Marisa MATIAS+333 88 1 79669+333 88 1 75669+333 88 1 77669
Inês Cristina ZUBER+333 88 1 79465+333 88 1 75465+333 88 1 77465

Se não estiver preparado não necessita entrar em detalhes, informe-os apenas que está preocupado pois a "proposta de regulamento para um mercado único de telecomunicações" a ser votada em breve, não garante uma Internet aberta e neutra.

O seu telefonema pode ser qualquer coisa como:

(não hesite em alterar de acordo com a sua avaliação)

**********

Bom dia, daqui fala..., sou um cidadão(ã) português, e eu gostaria de falar com a Sr./Sra (nome do deputado), por favor.

O Sr./Sra não está disponível de momento. Eu sou seu/sua assistente . Posso ajudá-lo(a) ?

Haverá uma votação sobre a neutralidade da rede em 18 de março na Comissão ITRE, e eu quero saber como o(a) Sr./Sra (nome do deputado) vai votar.

Compreendo. Já tivemos chamadas sobre esse assunto. Mas de momento não posso tomar nota, por falta de tempo.

Mas é muito importante! A existência de serviços especializados, na definição actual, colocará em perigo a Internet aberta e neutra e dificultará a inovação. Serviços especializados têm de ser separados da Internet, como o Organismo de Reguladores Europeus já sugeriu.

Não se preocupe. O texto não é tão mau quanto você pensa, tudo vai ficar bem.

Há muitos críticos que avisam que se este regulamento passar sem emendas vamos perder o efeito positivo que a Internet tem sobre a nossa democracia e economia. Temos que evitar que os fornecedores de acesso à Internet possam criar uma Internet de segunda classe para todos que não podem pagar a versão mais eficiente. O(a) Sr./Sra deputado (nome do deputado) deve votar contra a destruição da Internet aberta e neutra.

Ok , eu vou falar com a Sr./Sra deputado(a) sobre o assunto.

Muito obrigado por me ouvir . Eu vou telefonar-lhe novamente, em breve, para saber o que ele/ela pensa sobre o assunto. Também lhe posso enviar um texto mais pormenorizado [ver aqui] se desejar. Um bom dia para si.

**********

E de seguida ... ligue para o Membro do Parlamento Europeu seguinte ;)

Para que domine algum programa tipo Skype, pode usa-lo para fazer a ligação, por um preço típico de 50 cêntimos. Se for o caso, recomendo que use esse programa em vez do site.


2014-03-01

Contra acordos negociados secretamente

Os governos, dos Estados Unidos à Austrália e do Canadá à UE são negociados secretamente acordos comerciais que dão às corporações globais (i.e. multinacionais) o direito de processar  governos e ultrapassar leis aprovadas em parlamentos eleitos democraticamente.

Esses acordos estão escondidos em acrónimos com TPP, TIPT. Um tratado similar, o ACTA, foi já assinado.

Esses acordos são escritos de forma secreta, não sendo o seu texto divulgado ao público, até estarem consumados.

Melhor, esses acordos são julgados por tribunais "especiais" a que só as corporações têm acesso.

Curiosamente os partidos de todo o espectro político preocupam-se muito pouco com estes assuntos.

Assine esta petição pedindo aos governos mundiais para destruir estes tratados usando o link seguinte:

http://action.sumofus.org/a/tpp-lawsuits/?sub=taf 

Links para mais info:

http://action.sumofus.org/a/tpp-lawsuits/2/5/?sub=fb

http://revistaforum.com.br/digital/130/parceria-transatlantica-onde-os-fracos-nao-tem-vez/

http://www.huffingtonpost.com/erich-pica/transatlantic-trade-agree_b_4468877.html

http://www.huffingtonpost.com/stan-sorscher/a-history-lesson-from-20-_b_4533488.html



2014-02-17

VIVA: AGRI rejeita a proposta de lei das sementes

Alguns se lembrarão que andei por aqui a chatear o pessoal para chatear os nossos eurodeputados acerca da "lei das sementes".

( http://lasers-na-selva.blogspot.pt/2013/12/email-enviar-aos-nossos-deputados-no-pe.html )

As notícias são boas. O Parlamento Europeu (mais correctamente a comissão AGRI) decidiu no sentido do que era pedido.

Uma batalha foi ganha, mas a guerra não chegou ao fim. O regulamento vai ser enviado de volta para a Comissão Europeia, que não sendo um orgão eleito, é ainda mais sensível ao poder dos lobbies das multinacionais, que pretendem avançar cada vez mais depressa com as patentes de organismos vivos.

O processo não difere muito do que se vai passando com as patentes de software, assunto sobre o qual também tenho escrito.

Para mais detalhes ver os links:

http://gaia.org.pt/node/16571

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48605.aspx

http://pt.indymedia.org/conteudo/newswire/27615

http://lasers-na-selva.blogspot.pt/2013/12/qualquer-dia-e-necessario-contratar-um.html


2014-01-31

Consulta pública sobre a revisão da regras de direito de autor, na União Europeia (até 5 de Fevereiro)

A comissão europeia está a levar a cabo uma consulta sobre o assunto indicado no título deste texto.

A consulta é pedida através da página:

http://ec.europa.eu/internal_market/consultations/2013/copyright-rules/index_en.htm

Nessa página pode escolher-se o idioma (em cima à esquerda, onde se lê provavelmente english (en) e uma seta para baixo - click na seta para mudar o idioma, mas a escolha é limitada).

Não existe versão em português (e é bom perguntar porquê).

e no limite para as respostas serem aceites é ao dia 5 de Fevereiro próximo.

Segundo essa página a resposta deve ser feita na forma de um documento de texto e enviada para o endereço

markt-copyright-consultation@ec.europa.eu

Não é um questionário on-line. Na prática tem de se descarregar o documento, partindo da página indicada, atrás, preencher os intervalos, e enviar de volta o documento para o email anterior.

Há vários formatos à escolha em relação ao referido documento.

Para quem tem prática com documentos Word do Office (da Microsoft), recomendo esse formato. Caso contrário o formato "odt" (open document formato) será o que eu recomendo. Claro que o documento terá de ser respondido numa das línguas suportadas, o que, mais uma vez, não inclui o português.

O documento é complexo, mas não há obrigatoriedade de preencher na totalidade.

As minhas respostas seguiram muito de perto o recomendado em