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2005-06-03
O que leio por aí
Há alguns anos deixei de ler jornais e passei apenas a ler revistas semanais ou mensais.
Por uma um lado são muito mais fáceis de transportar na pasta (onde não sujam tudo como os jornais) e podem se ler nas filas do super-mercado (já alguém tentou ler o expresso numa bicha?). Por outro lado, o facto de não serem diárias como os jornais, permite-me aumentar o número de títulos que leio regularmente.
No entanto fico frequentemente admirado pelos erros, e pela sua quantidade e gravidade, que aparecem nos semanários generalistas em Portugal. Estou, claro, a falar de erros em artigos técnicos e/ou científicos.
Eu não obtenho a minha informação científica nessas publicações, mas provavelmente muitos dos leitores fazem-no.
Não deixa de ser curioso o facto de tanto se falar do “mau português” que às vezes se ouve ou lê nos mídia e raramente se fala da “má ciência”. Há muito tempo eu advogo que essa ignorância – que às vezes toca o desprezo – dos comunicadores e dos políticos, pelos assuntos mais técnicos é a principal causa do atraso do país.
A foto que hoje coloco aqui é de um artigo publicado há mais de um ano no semanário "Visão", mas que eu guardei porque é um bom exemplo.
Não se preocupem em ler as letras mais pequenas, que “amanhã” eu coloco um zoom dessa zona que aliás é muito interessante e esclarecedora.
POr hoje, olhem para o título “... o som chega 8 segundos depois”. Como? Mas chega onde? Depois de quê? E porque não 5 ou 99 segundos depois? Mistérios. Tivessem eles escrito “há” sem h e seria o Carmo e a Trindade.
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